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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A PSICOLOGIA VIVENCIADA NO TERREIRO DE UMBANDA


RAMATÍS: - Encorajado pelos pais de terreiros, o filho então guarda a esperança de melhorar, resguarda-se cada vez mais na produção de pensamentos contraditórios, habitua-se a ocupar-se algumas horas por semana em compromissos de treinamento espiritual, freqüenta assiduamente o terreiro recebendo novas recomendações e advertências, esperança e esclarecimento sobre a responsabilidade humana. Assim, ele mesmo dinamiza energias debilitadas, fortifica a sua vontade, corrige as explosões de cólera, quebra o seu orgulho e vaidade, atento às obrigações humildes, e, sem dúvida, termina por sintonizar-se ao nível das correntes superiores, buscando as forças para superar os reveses e as tragédias tão comuns a todos os homens! Após ganhar no Além amigos poderosos e as promessas dos pais de terreiros, que também se comoveram com sua desdita, prometendo-lhe soluções benfeitoras, fortifica-se realmente, estabelecendo condições favoráveis para a ajuda espiritual! Ademais, à medida que o filho passa a conhecer a justiça da Lei do Carma e a lógica da Reencarnação, também reduz suas queixas e aos poucos se conforma com os percalços da vida, aceitando os efeitos daninhos de suas próprias imprudências pretéritas.

Do livro A MISSÃO DO ESPIRITISMO / Cap. Sobre a Umbanda.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

MEDIUNIDADE ATIVA E INICIAÇÃO NA CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA.



Nem todos que frequentam uma comunidade de terreiro na Umbanda estão ali para fazer parte do grupo de médiuns trabalhadores. A Umbanda é frequentada por uma ampla diversidade de consciências, composta de diferentes indivíduos, com propósitos, ideais e objetivos diversos. O mais importante é o acolhimento fraternal; abraçar, valorizar, considerar, respeitar e tratar todos igualmente, incondicionalmente, sem discriminar a procedência, se é visitante, consulente, adepto, assistente, simpatizante. Contudo, há que se diferenciar que para ser um médium de Umbanda, aceito e iniciado numa corrente, numa egrégora, numa comunidade religiosa como trabalhador ativo, além de frequentar a assistência o tempo adequado para ser reconhecido pela Cúpula Espiritual do terreiro, se fazem necessários inúmeros atributos morais, intelectuais, procedimentais e vocacionais, além obviamente de mediunidade ativa, de fato, no caso de médiuns que serão trabalhadores no aconselhamento espiritual durante as sessões práticas de caridade. Infelizmente, hoje verificamos muitas “iniciações” fast food, verdadeiros placebos, sem efeito algum. Temos até iniciações à distância feitas de forma ON LINE em alguns cursos pela internet. A simples “iniciação” de um indivíduo, desprovido destes atributos básicos e essenciais, e ainda sem mediunidade, não o habilita como um “iniciado” legítimo e legitimado com direito ao pertencimento na Corrente Astral de Umbanda. Cabe ao sacerdote, dirigente, zelador, diretor de rito ou chefe de terreiro, escolher com muito critério aqueles que são realmente dignos de aceitação e posterior iniciação, preponderando os atributos básicos e essenciais além da mediunidade ativa direcionada para as lides de terreiro. Mediunidade ativa que é “impressa” no Corpo Astral antes da reencarnação do sujeito, o que obviamente nenhuma iniciação ativará se não for pré-existente esta sensibilização. Saravá fraterno, NORBERTO PEIXOTO.

Mas afinal, quem são os pretos velhos?



RAMATÍS: - "São espíritos resplandecentes, que abandonam sua morada principesca, descendo ao nosso mundo desventurado, a fim de socorrerem nesta hora em que se aproxima a angustiosa calamidade do “Juizo Final”, pela desobediência da nossa humanidade aos preceitos estatuídos no Evangelho de Jesus.”

Em nossas singelas opiniões, os pretos velhos são arautos do Cristo-Jesus, bandeirantes da Boa Nova, exímios pedagogos do Evangelho e preparados psicólogos das almas, atuando em todas as latitudes do mediunismo na Terra a favor da redenção e despertamento crístico da coletividade e dos espíritos humanizados retidos no ciclo retificativo das reencarnações sucessivas, do qual eles, em sua grande maioria, já se libertaram.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Epahei Iansã - A Senhora dos Ventos e Tempestades.


Atributo: movimento e mudança; necessidade de deslocamento, transformações materiais, avanços tecnológicos e intelectivos; luta contra as injustiças.
Os tipos psicológicos das filhas de Iansã podem ser irrequietos, por terem muita rapidez de raciocínio e agilidade mental. O psiquismo de Iansã é propenso à educação, à oralidade, à orientação, não se deixando prender a tarefas rotineiras e repetitivas. Precisam colocar em prática a sua garra e impetuosidade diante do novo, como as nuvens nos céus que mudam constantemente o formato, moldando-se aos ventos.
Aspectos positivos: coragem, lealdade e franqueza, fluidez de raciocínio, propiciando a higienização mental; mudança de pensamento (jogo de cintura), e facilidade de falar, além de talento artístico, charme e sensualidade.
Aspectos negativos: ciúme doentio, rancor, impulsividade (agem sem pensar), fraqueza, impaciência e culpa.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Exu não é só o guardião!!!

"Mesa" de Pretos(as) Velhos(as).



O pilão de Caboclo Pery está com lírio branco, de paz em Oxalá.

Tivemos uma sessão de caridade nesta última sexta com uma “mesa” em homenagem aos Pretos(as) Velhos(as), que tanto consolo e palavras de aconselhamento nos trazem. O bolo para estar à nossa mesa; o trigo tem que ser plantado, colhido, armazenado, transportado, pilado, virar farinha... Relembramos e vivenciamos no rito de louvação o ciclo dos grãos que nos alimentam . As Santas Almas, os Bentos e Bentas, os grandes evangelizadores da Umbanda, os amados e sábios anciões, nos dão "pão" aos nossos combalidos espíritos, nos fortalecendo para continuarmos sempre evoluindo. Assim como todos puderam encher as mãos com bolo de milho, aipim, pé de moleque... Simbolicamente redistribuímos axé – energia sagrada – à toda comunidade religiosa, sob os auspícios dos Sagrados Orixás, dos Guias e Mentores Astrais, que ampararam, irradiaram e envolveram os presentes, médiuns e assistência, sob influxos benéficos para a nossa abundância e prosperidade espiritual provindos e adequadamente canalizados do Criador Universal, nosso Pai Celestial, Deus.

domingo, 26 de janeiro de 2014

EXU - Vigia e Executor dos Destinos – Odus.


Ao longo do tempo, inserido no processo de aculturação sob o crivo do clero eclesiástico católico, que tinha o poder de vida e morte até sobre os nobres coloniais, foram se adaptando no imaginário coletivo os nomes atribuídos a EXU, que não condizem com a realidade do sentido original de ESHU da cosmogonia nagô. Com o devido respeito a todas as denominações que são utilizadas nas diversas Tronqueiras existentes na Umbanda, infelizmente ainda ESHU é visto com a figura do “diabo” medieval da igreja e mostrado em imagens desta forma. É chegada a hora, na Umbanda do século XXI, de revermos certos nomes e aparências de gesso que estão cristalizadas no imaginário popular, sem fundamentos com a essência magística de EXU, que se mostram ameaçadores e objetivam só causar temor as pessoas desavisadas ainda presas nos conceitos punitivos de um “inferno” de labaredas eternas. EXU é o Senhor dos Caminhos, da Felicidade, Mensageiro Divino, o Senhor da Realização, o Senhor do Poder de Movimento, enfim, o Senhor da Realização Pessoal e Vigia e Executor dos Destinos – Odus. LAROYÊ EXU!!! Nosso respeito. NORBERTO PEIXOTO.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Existe uma doutrina "pura" de Umbanda?!?

Existe uma doutrina "pura" de Umbanda? Entenda a imagem idealizada da Umbanda, abstrata, e a vigência real, concreta, calcada nas lógicas religiosas diferentes que influenciam a religião nos diversos terreiros, criando oposições e rupturas pelo falso senso de uma doutrina "pura" de Umbanda existente em uma parcela de adeptos umbandistas:

TEM CANJERÊ NESTA SEXTA:

TEM CANJERÊ NESTA PRÓXIMA SEXTA
Tem mandinga...Tem mironga...Tem rapadura e pé de moleque.
Teremos nossa primeira sessão de Pretos(as) Velhos(as) de 2014 – na próxima sexta, dia 24/01/2014.
Ecoou um canto vindo de longe;
Num lindo dia uma luz do céu brilhou;
Sobre a Estrela Guia iluminada chegou;
Os Pretos(as) velhos(as) de Aruanda, vindos da Luz Divina receberam de Oxalá o poder com os Orixás; 
É lua cheia, é lua nova, seja dia ou seja noite, louvados sejam os pretos(as) velhos(as) da Umbanda.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Quem cultua a "melhor" verdade?



RAMATÍS: - Evidentemente, sabeis que não há separatividade nem competição entre os espíritos benfeitores, responsáveis pela espiritualização da humanidade. As dissensões sectaristas, críticas comuns entre adeptos espiritualistas, discussões estéreis e os conflitos religiosos, são frutos da ignorância, inquietude e instabilidade espiritual dos encarnados. Os Mentores Espirituais não se preocupam com a ascendência e disputas de uma religião sobre a outra, mas lhes interessa desenvolver, nos homens o Amor que salva e o Bem que edifica!
Os primeiros bruxuleios de consciência espiritual liquidam as vossas tolas críticas contra os nossos irmãos de outras seitas. Em primeiro lugar, verificamos que não existe qualquer "equívoco" na criação de Deus, e, secundariamente, já não temos absoluta certeza de que cultuamos a "melhor" Verdade! Ademais, todas as coisas são exercidas e conhecidas no tempo certo do grau de maturidade espiritual de cada ser, porque o Espírito de Deus permanece inalterável no seio das criaturas e as orienta sempre para objetivos superiores. As lições que o homem recebe continuamente, acima do seu próprio grau espiritual, significam a "nova posição evolutiva", que ele depois deverá assumir, quando terminar a sua experiência religiosa em curso.
INÍCIO CAPÍTULO SOBRE A UMBANDA / LIVRO A MISSÃO DO ESPIRITISMO.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Jesus, o Psicólogo Sideral.




RAMATÍS: - Não esqueçamos que a essência esotérica do pensamento de Jesus, enunciada no Evangelho, é sempre o fiel reflexo das próprias leis que coordenam e orientam a vida do espírito imortal na organização de sua consciência individual. O Divino Mestre jamais condenou o pecador; porém, adverte, insistentemente, quanto ao prejuízo que causa o pecado. Através do Evangelho, ele ilumina o caminho dos homens e aponta-lhes os escolhos dos vícios aniquilantes, os abismos das paixões perigosas e as ilusões do poder e das gloríolas humanas, que prejudicam a verdadeira vida do espírito imortal. Ensina a prudência humana para amainar os desejos indisciplinados e a sensatez para o espírito encarnado manter-se no rumo certo do norte espiritual. Recomenda ao homem viver no cenário do mundo material sem ferir ou dificultar a vivência dos demais companheiros em provas. Adverte quanto à ambição humana desmedida na posse dos "tesouros que as traças roem e a ferrugem come"; sobre o perigo do orgulho que explode e depois lança a alma no inferno fluídico dos charcos purificadores do Astral Inferior. Lembra quanto à perversidade, que depois fere tragicamente o próprio autor cruel, na lei implacável do choque de retorno, "onde cada um há de sofrer segundo as suas obras". O Evangelho não é julgamento ou condenação dos espíritos ainda incipientes, e que se turbam na escalonada espiritual evolutiva nos mundos de formas; mas é apenas um "Código Moral" de vida superior, algo semelhante a um manual cívico disciplinando a conduta do futuro cidadão sideral, sob a miniatura esquemática das próprias leis do Universo. Não é de sua função exclusiva disciplinar homens para viver felizes na vida humana transitória, porém, um tratado sublime e catalisador de conscientização para o mais breve ingresso do espírito ao banquete angélico e eterno do "reino de Deus".

domingo, 19 de janeiro de 2014

Refletindo o relacionamento com Deus na Umbanda sob a Irradiação Divina dos Orixás.

       
       
          Em nosso relacionamento com Deus, na Umbanda sob a Irradiação Divina dos Orixás,  no mais das vezes julgamos que haveremos de encontrá-lo no templo religioso. Muitos ainda acreditam que poderão acha-Lo seguindo um sacerdote para chegar a Deus e aos Orixás, e entregam-se completamente como se fossem totalmente dependentes de outro ser humano para isto. E realmente o são. Não desmerecemos o sacerdócio, mas há que se registrar que é uma armadilha adorarmos um indivíduo, seja que título sacerdotal tenha, como se Ele fosse o único caminho para chegar-se ao Sagrado e a nossa espiritualização. Alias, se Deus é o Espírito Universal, a Mente Cósmica, Ele está em todos os lugares, dentro e fora dos templos, assim como dentro de cada um de seus filhos, criaturas criadas por Ele. Então Orixás sendo Irradiações Divinas, como o vento é livre e não conseguimos reter a luz do Sol numa garrafa, impossível seres humanos imperfeitos serem seus proprietários, como vemos muitos por aí se achando. E agradá-Lo, não é freqüentar templos religiosos, em dias e horas certas, ou então, utilizando práticas exteriores e obrigações rituais sob ameaça de não realiza-las e a vida ir para trás,  esquecendo-nos do fundamental, que é o combate às nossas imperfeições, no esforço de renovação íntima que marca a verdadeira religiosidade, sem adoração a egos, igrejismo e falsas perfeições aparentes. Temos que ser verdadeiros (diante dos ensinamentos universais do evangelho) em todos os lugares e em todas as religiões, dentro e fora dos templos, na comunidade, no lar, no trabalho, na rua, no trânsito, etc . . . A vida templária e em comunidade religiosa tem a sua valência quando o objetivo é para buscarmos forças que nos conduzem ao entendimento e o fortalecimento para enfrentarmos os problemas, as dores, as aflições que apareçam em nossas vidas, pois UNIDOS SOMOS MAIS FORTES e na vivência com os irmãos de fé na prática da mediunidade caritativa nos nutrimos.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Transe mediúnico sob a assistência dos espíritos benfeitores.

PERGUNTA: - Desde que o médium, em face da forte separação congênita do seu duplo etérico, seja propenso a enfermidades e mais vulnerável ao ataque dos espíritos inferiores, isso não é um sacrifício exagerado e algo incompatível com o senso de justiça do Alto?
            RAMATÍS: - Nenhum espírito encarna-se na Terra com a tarefa obrigatória de ser médium psicógrafo, mecânico, incorporativo ou de efeitos físicos, mas, na verdade, cada um o faz por sua livre e espontânea vontade, pois solicitou do Alto o ensejo abençoado para redimir-se espiritualmente num serviço de benefício ao próximo, uma vez que no pretérito também usou e abusou dos seus poderes intelectuais ou aptidões psíquicas em detrimento alheio. Mesmo na Terra, as tarefas mais perigosas devem ser aceitas de modo espontâneo, para que o seu responsável não venha a fugir posteriormente de cumpri-Ia por desistência pessoal. Sem dúvida, a escolha para o serviço perigoso sempre recai sobre o homem mais apto e capacitado para o bom êxito. A mediunidade de fenômenos físicos, portanto, é um serviço incomum, difícil e perigoso, cujos óbices vultosos e surpresas exigem o máximo de prudência, humildade, heroísmo e segurança moral.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Receio da manifestação mediúnica no terreiro.


      O transe de terreiro ou manifestação mediúnica na Umbanda pode causar conflito e receio em muitos iniciantes. Um dos maiores medos para o médium deseducado é a própria catarse – “possessão” – pelo fato de não querer perder o controle de si mesmo, aliado a demonização das religiões mediúnicas existente no subconsciente coletivo, pois na sua cabeça ou imaginação significa que a manifestação seja uma coisa “ruim”, até do "demônio", acompanhada de uma espécie de apagão - anestesia geral -, bloqueando seus sentidos, audição, visão, tato, olfato e paladar. E isto não mais ocorre, com perda total da consciência, e justamente são esses sentidos alterados, mas conscientes, que os espíritos utilizam para o perfeito transe ou manifestação quando devidamente educados objetivando o aconselhamento espiritual. O medo ativa o psiquismo negativamente interferindo na integração mediúnica com a entidade. A manifestação é uma questão de sensibilidade pré-existente, antes da reencarnação e que exige sintonia e entrega do médium, podendo ter variações de uma pessoa pra outra. O ambiente do terreiro, ritualizado com método e disciplina, pode oferecer a segurança necessária com o tempo devido de prática. Para melhor compreensão nas diversas variações da manifestação, vamos comparar o transe a uma tomada de energia. Os médiuns são “iguais” a vários aparelhos eletrodomésticos. Se pegarmos uma geladeira e colocarmos na tomada ela vai refrigerar, mas se colocarmos um ferro elétrico ele vai esquentar, um ventilador ele vai girar e fazer vento e assim sucessivamente. Conclusão: o método ritual disciplinador é o mesmo para todos, mas a ligação é interna de cada um, que são consciências milenares e diferentes entre si, cada um dando o que possui no seu inconsciente ancestral. Cada indivíduo emana a essência de sua ancestralidade espiritual; em caso de qualquer dúvida ou conflito, procure ajuda de dirigentes sérios, pessoas com experiência prática na mediunidade de terreiro e que sejam “abertas” ao estudo. Todos os iniciantes precisam de orientação para compreensão adequada do transe ou manifestação mediúnica no seu início, e todos nós por toda a vida, pois nunca estaremos “prontos”, pois somos eternos aprendizes.

Muita paz, saúde, força e união,
Norberto Peixoto.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Ojú Obá – Os Olhos de Xangô.

       Com certa frequência me vejo fora do corpo físico, o que chamamos de despreendimento do corpo astral. É comum nestas ocasiões, dependendo da necessidade, ver-me no espaço sagrado do terreiro, pronunciando palavras de encantamentos (ofós) na língua yorubana. Esta noite vi-me fazendo uma oferenda para Exu, objetivando o fortalecimento de certo consulente que está sendo atendido no trabalho de magnetismo que ocorre todas as terças. 
      No ato de dispor os elementos – arriar – no astral, recitava palavras em yorubá que na hora sabia o significado, mas ao acordar hoje de manhã ficou só uma vaga lembrança. Recordo-me perfeitamente da palavra OJUOBÁ, que recitava entre três batidas de palmas ritmadas (paó).
     Fui pesquisar e ojuobá é uma palavra da língua yorubá que significa Olhos do Rei ou Os Olhos de Xangô, é um Oyê (título honorífico africano dado àqueles que se tornassem altos sacerdotes e dignitários do culto de Xangô na África). Acredito que foi invocado o “olhos” de Xangô, para que haja discernimento e clareza para os espíritos envolvidos no atendimento em questão e que Exu traga-lhes o poder de concretização dos seus destinos no plano material, sem interferências fora da Lei de Merecimento.

Atividades mediúnicas de origem africana praticadas na Umbanda.

PERGUNTA: A maioria dos umbandistas assegura que a Umbanda é originária dos ritos ou atividades iniciáticas dos hindus ou egípcios! Que dizeis?
     RAMATÍS: É provável que alguns entendidos do hermetismo egípcio e da escolástica hindu pretendam provar que a atual doutrina umbandística provenha diretamente do sentido original e iniciático de Umbanda, como a "Lei Maior Divina" subentendida nas velhas iniciações. Mas a verdade é que entre os africanos, a sonância de tal palavra nada tinha de iniciática ou significação de legislação cósmica; porém, abrangia as práticas mediúnicas fetichistas, no intercâmbio ritualístico com espíritos primários e os elementais da Natureza, assim como toda espécie de sortilégios, crendices e culto aos mortos!
     No entanto, malgrado o protesto de alguns espiritualistas estudiosos, negando que os africanos houvessem manuseado o termo Umbanda, o qual somente foi adjudicado à prática mediúnica de terreiros há pouco tempo, no Brasil, ninguém pode negar que o grão-sacerdote entre os povos de Angola, era conhecido por "Kimbanda-Kia-dihamba", como o legítimo invocador dos espíritos e "Kimbanda-Kusaka", quando era apenas feiticeiro ou curandeiro. Evidentemente, o termo "mbanda", embora corruptela do binário final da palavra sagrada Umbanda, já existia dominante nas práticas africanas, e, quiçá, posteriormente, acrescido do prefixo "aum" ou "om"!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Na Umbanda o uniforme branco é essencial.

COMUNIDADE x RELIGIÃO x RELIGIOSIDADE x RELIGIOSISMO. Tentativas de banalização do tempo e dos processos de iniciação espiritual templária.

Do ponto de vista da ecologia, uma comunidade é a totalidade dos organismos vivos que fazem parte do mesmo ecossistema e interagem entre si, correspondendo, não apenas à reunião de indivíduos e a sua organização social, e sim ao nível mais elevado de complexidade como se fosse um organismo vivo autônomo. Então, uma comunidade possui um fluxo contínuo de energia, diversidade de espécies e processos de sucessão.
Sob a perspectiva de religião, uma comunidade é um conjunto de pessoas que se organizam sob um mesmo axé, sob o influxo de um conjunto de normas conhecido, convivendo num espaço comum sacralizado, compartilhando de um mesmo legado cultural e histórico. Uma comunidade religiosa de Umbanda, como o Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade, objetiva despertar no íntimo de cada indivíduo, potencialmente no seu corpo interno de médiuns trabalhadores, e de forma mais eletiva em sua assistência, o sentimento de religiosidade, de religação com Deus, que se encontra no íntimo de cada consciência. Ao contrário do religiosismo que aprisiona o ser no culto ao EGO de líderes, a religião deve libertar despertando a religiosidade, que é estado latente e em contínua germinação inerente a cada espírito imortal.

Motivos de usarmos roupa branca para sermos médiuns de terreiro.

       
      Muitos irmãos de outras frentes espiritualistas e espiritistas questionam da real necessidade de usarmos uniforme branco para sermos médiuns na Umbanda.  Reflitamos que enquanto as leis sociais e o esquema moral da humanidade especificam o modo mais aprimorado de convivência, disciplinando as relações interpessoais no exíguo período da existência humana do nascimento ao túmulo, o Evangelho é definitivamente a miniatura das leis cósmicas identificada no microcosmo terreno para conduzir o homem à sua autenticidade espiritual imorredoura. 

domingo, 12 de janeiro de 2014

MAGNETISMO - RETORNAMOS DIA 14/01/14.


Nesta próxima terça-feira, reiniciamos o trabalho especializado na vibração de Obaluayê / Omulu com 3 níveis de ectoplasmia e magnetismo no duplo etéreo (eteriatria).

Atendimento voltado aos problemas de saúde. O portão abre às 18h e fecha às 19h horas. Triagem e marcação no dia.

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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Os preceitos da magia africana tradicional são fundamentos de Umbanda.


RAMATÍS: - Os africanos, donde a doutrina de Umbanda trouxe o seu fundamento, cultuavam os "senhores da Natureza" na forma de Orixás menores e maiores, conforme o seu poder e a sua responsabilidade junto aos homens. Esse culto e entendimento recíproco eram feitos através da fenomenologia física, no limiar das forças da Natureza. Então havia cerimoniais, compromissos e deveres para com os chefes de linhas e falanges do mundo oculto, com os tradicionais presentes e ritos à beira dos rios, do mar, dos campos, das matas e nas encruzilhadas dos caminhos. Os antigos sacerdotes nagôs produziam curas fabulosas, modificavam o ambiente, faziam predições avançadas através do exame psicométrico da aura dos objetos e das ervas dinamizadas no seu energismo. Sabiam invocar os espíritos da Natureza... e previam tempestades, inundações, assaltos de animais ferozes, efetuavam acontecimentos miraculosos.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

CHÃO DE FOLHAS - LOUVAÇÃO ORIXÁ OXOSSI - passes e aconselhamento espiritual de Caboclos...

Informamos que no próximo dia 10/01/14reiniciaremos nossas atividades rito-litúrgicas com O CHÃO DE FOLHAS - LOUVAÇÃO ORIXÁ OXOSSI, encontro ritual caritativo com passes e aconselhamento espiritual de Caboclos.


As folhas são essenciais para a magia da Umbanda. Folhas sagradas - Ewé Orò - é como são chamadas as folhas e plantas, utilizadas nos preceitos e cerimônias rituais. As folhas tem uma importância vital, como liberadoras de prana vegetal, o axé verde. Existe um aforismo popular no meio das religiões afro-brasileiras e Umbanda, que diz: "ko si ewe, ko si Orisha" ou seja, sem folha não existe Orixá. 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

REFLEXÃO: EM 2014 O QUE EU BUSCAREI NA CASA DE CARIDADE?


"E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também."
João 5:17

           
            Eis que inacreditavelmente mais um ano se passou e acompanhamos pasmos 2013, que despediu-se deixando em cada um as mais variadas emoções. Dizem alguns que foi ótimo ano para os negócios, outros para as relações interpessoais, outros para suas tentativas de aparecer a qualquer custo e passar por cima de quem quer que seja. Muitos lamentam a perda de amores, empregos, vantagens pessoais, fortunas que se perderam, amor próprio que foi para o brejo, humilhações para continuar fingindo que está tudo bem e não aceitar a perda do pretenso brilho e posições sociais.
         As contradições são muitas e cada um sofre uma dor particularmente dolorida, porque uma perda equivalente para outro vai apresentar peso diferente e nem todos tem os mesmos interesses, variando conforme o momento e os valores pessoais. Urgente nem sempre tem a mesma medida e a futilidade costuma fazer parte do cotidiano dos desejos e anseios das pessoas. Alguns querem ter seu amor de volta a qualquer custo, mesmo sabendo que o ex não quer mais saber da antiga relação e talvez já tenha se vendido por mais vantagens e ouropéis. Mesmo assim argumentam e discutem cheios de lógica e razão nas suas falsas pretensões, apresentando jogos de raciocínio que os conduzem em suas elucubrações mentais a pensar que estão plenos de razão em suas querenças descabidas e quando são surpreendidos com um ponto de vista que derruba todos os seus argumentos, sorriem amarelo e dizem mais para si mesmo, tentando convencer sem muita lógica que têm a resposta para tudo: - Ah! Mas ele ou ela é tão bonitinho, tem uma carinha de anjo, vale a pena lutar!  E aja ouvido de caboclo, de preto velho, de cigano, de exu e outras entidades amorosas que se dispõem a vir até a Casa de Caridade para amenizar o sofrimento das pessoas e trazer consolo para aqueles que realmente têm necessidade por estarem passando por dificuldades sérias em sua trajetória familiar, pessoal, profissional, doenças graves e todo tipo de mazela de cortar o coração de qualquer um.

domingo, 5 de janeiro de 2014

A banalização do intercâmbio mediúnico com a rede global tecnológica serve a quem???

Todos nós podemos ser MÉDIUNS em qualquer lugar? Nós médiuns não precisamos mais fazer parte de grupos, centros ou templos?

A visão reducionista da religiosidade, de médiuns e mediunidade somados a banalização do intercâmbio mediúnico com a rede global tecnológica serve a quem???

Fundamento da magia das fumaçadas.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

RAMATÍS e a magia africana.

"Assim é a Magia: quando subordinada ao tema folclórico, costumes e conhecimentos do mesmo povo ou raça, dinamiza as energias da natureza e catalisa o magnetismo do mundo astral num processo coerente e útil." 


PERGUNTA: Mas os umbandistas veteranos afirmam que praticam a magia africana iniciática, enquanto os neófitos é que enfraquecem tal processo pela confusão da mistura provocada pelos elementos de outras raças.
            RAMATÍS: Exceto alguns raros entendidos no assunto, grande parte dos umbandistas ainda pratica um amálgama da magia africana, ameríndia, católica, impregnadas por cerimônias e "mantrans" do ocultismo oriental, constituindo um sincretismo religioso bem intencionado, mas impuro em sua expressão mágica.  Pouco a pouco e sob a direção de estudiosos do assunto, a Umbanda identificará a magia castiça e coerente decalcada nos costumes e temperamentos do povo brasileiro, cujos trabalhos produzirão excelentes efeitos benfeitores no campo da cura na fenomenologia mediúnica. 
            Conforme dissemos, há grande diferença no rito mágico do povo nagô, banto, de Bengala, Cambinda e Angola, embora todos sejam africanos. Os sacerdotes negros de cada um desses povos praticam a magia conforme o temperamento, clima e os costumes locais. A mistura, nestes casos, enfraquece o ritmo da catalisação magnética ou fluídica das emanações de certa natureza e debilita o "clímax" da magia! Ademais, no Brasil, a Umbanda ainda é doutrina manejada por muitas criaturas incipientes, que após alguns breves contatos nos terreiros, logo se arvoram em "chefes" ou entendidos, pontificando à guisa de veteranos experimentados e mobilizando as mais exóticas e burlescas expressões à conta de processo sadio de magia. Estabelece-se verdadeira confusão de símbolos estranhos ou ridículos simulando "pontos riscados", que além de não vibrarem na cortina do astral invisível por falta de éter-físico suficiente, não condizem com a natureza das falanges convocadas, nem identificam o tipo de trabalho mediúnico tradicional da Umbanda. Certas vezes, médiuns e chefes incipientes de terreiros, convocam a Linha de Ogum para um trabalho de Justiça ou de Yemanjá para uma descarga fluídica no astral do mar, e riscam pontos de tal infantilidade, que ali se misturam símbolos, emblemas e exotismos incompreensíveis, além de fragmentos de convenções e chamadas de outras falanges como Xangô, Oxossi ou até Omulú, que nada tem a ver com os casos em foco. Há terreiros atulhados de tanta quinquilharia que mais parecem um bazar de sírio! Há trabalhos exaustivos onde se convocam centenas de espíritos para resolver um caso individual, de somenos importância, que nos fazem lembrar criaturas usando "pé-de-cabra" para abrir caixas de fósforos!
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