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terça-feira, 8 de março de 2011

Arreda homem que aí vem mulher

Pombagira da figueira


Baseado na sua tese de mestrado, que busca a compreensão do imaginário religioso afro-brasileiro, na representação da entidade Pomba Gira, bem como eliminar o preconceito religioso. “Arreda homem que aí vem mulher" é um Ponto (canção) que canta a chegada das pombagiras no espaço ritual. Ele traduz a essência desse trabalho de mestrado, que se propõe revelar e analisar, a partir da ambígua figura da Pombagira, as representações de gênero contidas no imaginário religioso afro-brasileiro”, escreve Nilza Menezes.

Nilza Menezes teve a preocupação em entrevistar várias lideranças religiosas e também adeptos. Homens e mulheres que emprestaram suas vozes para tecer as linhas desse estudo. “Junte-se a isso, a observação sistemática dos rituais, que incluiu também um cuidadoso registro visual do campo, comunicando imageticamente um universo rico em simbolismo.

O estudo nos leva a um mundo desconhecido  aos que não têm afinidade com os rituais praticados nos terreiros de umbanda, através de uma linguagem que pode ser compreendida com facilidade por qualquer leigo. Além disso a pesquisa nos apresenta “A Pombagira” e as sua representações sociais onde a escritora foi buscar informações em autores como Moscovici, Denise Jodelet e Maria Cecília Minayo e conclui: “A Pombagira é um fenômeno observável, que pode ter sua manifestação individual, mas representa coletivamente as mulheres quando fala em nome delas”.


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