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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Os violentos se libertam do cárcere!?



"Todos os conceitos de Jesus devem ser examinados sob os diversos sentidos educativos e legislativos, em todas as épocas da vida humana. Tudo que o Mestre Jesus pregava e ensinava guarda sempre o sabor definitivo das coisas eternas. Nas entrelinhas de suas palavras, permanece vivo o espírito das leis, que coordenam cada gesto, movimento, ato e fenômeno acontecível tanto no "microcosmo", como no "macrocosmo". Embora a letra de suas palavras se endereçasse particularmente aos acontecimentos da existência física transitória, na sua intimidade era o esclarecimento específico da vivência espiritual."

"Assim como o animal pressente e desconfia, quando a presa se move para fugir-lhe das garras, as paixões e os vícios também enlaçam sub-repticiamente o homem, cada vez que ele intenta safar-se de seu domínio negativo. É preciso, então, que a vítima mobilize todas as suas forças positivas e, num lance arrebatador, rompa os laços vigorosos da animalidade. Quase todas as conversões santificadas de almas pecadoras famosas, ou de ricos optando pela pobreza libertadora, foram sempre produtos de uma decisão súbita, heróica e violenta. 3 Lembra algo semelhante ao prisioneiro que rompe violentamente as grades do cárcere e empreende a fuga surpreendente. Embora esses teimosos tenham nutrido, lentamente, em sua alma, a sublime transformação que depois concretizam, o certo é que a metamorfose final processa-se de modo instantâneo, impetuoso e violento, justificando o conceito de que "o reino dos Céus foi tomado pela violência, porque são os violentos que arrebatam os Céus"."

             3 - Nota do Médium - Realmente, basta lembrarmos três conversões históricas que podem nos servir de estimulo e paradigma reflexivo, quando Maria de Magdala converte-se subitamente ao Amor de Jesus; Saulo transforma-se em alguns segundos em Paulo, na estrada de Damasco; Francisco de Assis despoja-se dos bens e tesouros do mundo. Aliás, o príncipe Sakia Muni também se desvencilha violentamente das riquezas do seu principado.

            "Apesar do bom senso e aforismo popular de que "a natureza não dá saltos" e que em seu curso desperta, cresce e aperfeiçoa-se a forma, lenta e gradativamente, toda vez que se verifica uma transformação rápida e benfeitora, no cenário do mundo, é notório estar a violência operando o fenômeno. Quando o próprio mundo acusa, em sua atmosfera, o acúmulo de emanações mefíticas e perigosas, proveniente das transformações de matérias deletérias ou poluição do ar, a tempestade inicia o seu curso lento e silencioso, mas, de súbito, rompe violenta entre trovões e relâmpagos, a fim de exercer rapidamente a sua ação purificadora."

RAMATÍS


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