Durante a infância ou mocidade, o homem terreno costuma, geralmente, desbaratar tudo que lhe cai às mãos, despreocupando-se completamente de qualquer providência sensata para a sua segurança econômica na maturidade. Ele esbanja o seu salário no usufruto de todos os prazeres ou vícios da mocidade, quer em vaidades e luxo supérfluos. Assim, quando mais tarde assume a responsabilidade de chefe de família, em geral, mal possui um mínimo para a cobertura de suas necessidades cotidianas.
Sem dúvida, organizando o seu lar em
bases tão precárias e devendo ainda cumprir a mediunidade de prova, com os
incessantes acréscimos de despesas e obrigações pelo aumento da família, é
evidente que terá de enfrentar um destino penoso e aniquilante. Mas não cabe ao
Alto a culpa dessa situação aflitiva, só porque atendeu ao espírito na sua
reiterada solicitação para reencarnar a fim de reduzir a sua dívida cármica. É
de senso comum que todo homem improvidente na sua mocidade há de ser um
desafortunado na sua velhice.
Ramatís - do livro Mediunidade de Cura