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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os guias espirituais podem errar?


PERGUNTA: - Porventura os próprios espíritos terapeutas também não podem errar nos seus diagnósticos, induzindo os médiuns a formularem receitas - consultas -  equívocas?
            RAMATÍS: - Isso é possível, porque em nosso atual estado evolutivo ainda enfrentamos inúmeras incógnitas e dificuldades imprevistas. Durante o nosso intercâmbio com a Terra, não atuamos de um plano sideral tão elevado, que nos permita visualizar panoramicamente o serviço mediúnico de socorro aos encarnados, pois o magnetismo da crosta terráquea envolve-nos de modo coercivo, dificultando nossas providências socorristas.
O próprio guia pode prescrever medicação inadequada devido à interferência de fatores estranhos ao seu mister, tais como emissões de ondas mentais, projeção de forças telúricas, oscilações na freqüência magnética vibratória durante a interligação com os médiuns ou no exame dos enfermos no espelho fluídico. Isso pode levá-lo a confundir imagens e transmissões informativas dos auxiliares a distância, tomando um enfermo por outro, ou um falecido por um vivo. Porém, tais anomalias são mais prováveis nos trabalhos terapêuticas de fraca assistência espiritual, muito atropelados e cujos responsáveis, por vezes, desconhecem as menores sutilezas do fenômeno oculto, a ponto de misturarem sessões de receituário - consultas - com as de trabalhos de desobsessão.
  
            PERGUNTA: - Mas depois de uma prescrição - consulta - para alguém..., o guia, tendo-se certificado do equívoco, não poderia intuir o médium a eliminar a receita fraudulenta já prescrita?
            RAMATÍS: - A rapidez desse fenômeno tão sutil e imponderável da intuição não permite ao médium avaliar, a tempo, se a consulta à sua frente é capciosa, se o medicamento é certo ou errado, se intuído pelo seu guia ou pensado por si mesmo. Quando ele termina a sua tarefa mediúnica "desliga-se" do contacto mental ou perispiritual com o seu guia e retoma imediatamente ao estado de vigília. Depois disso é difícil retificar os equívocos que porventura tenha cometido no receituário, uma vez que já se "isolou" da intuição do seu mentor. O médium intuitivo não ouve fisicamente a voz do seu guia; ele escreve à guisa de "pressentimentos" que se sucedem remetidos no seu cérebro.
            Ele não pode corrigir, posteriormente, no estado de vigília, aquilo que só efetuou sob condições mediúnicas passivas e sem fiscalizar o fenômeno que o influenciou num momento de transe... findo o trabalho...o médium intuitivo considera cumprida a sua obrigação, que realiza de boa-vontade e boa-intenção, e impermeabiliza-se a qualquer nova intuição ou pressentimento corretivo, passando a absorver-se nos fenômenos da vida material. Só os médiuns conscientes e de elevado tirocínio ou treinamento mediúnico conseguem distinguir, durante o seu transe intuitivo, quando é o seu mentor que lhe governa a mente ou quando é interferência de si próprio.

- do livro Mediunidade de Cura / grifos em vermelho são nossos.

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