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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O perispírito e o suicida

        O perispírito é organização indestrutível e semelhante a um poderoso negativo que, durante as várias encarnações do espírito, preexiste e sobrevive a todas as mortes dos corpos físicos. Em cada encarnação ele se serve dos elementos biológicos da ancestralidade à luz do mundo terreno. Mas embora se trate de um novo organismo carnal, independente dos outros que se desintegraram pela morte física em existências anteriores, representa uma nova conta no extenso colar de corpos, que se unem através do perispírito, sempre a ligar a vida física que se findou com a vida física que se renova. Em conseqüência, o novo corpo carnal ou novo positivo, que é revelado pelo negativo constante do perispírito, sempre apresenta todos os prejuízos, estigmas ou aquisições que o espírito houver cultivado anteriormente. Ele é o molde original, que sempre serve para confeccionar os sucessivos organismos de carne, necessários para que a alma possa efetuar o seu aprendizado nos mundos físicos.

Todas as modificações que o aperfeiçoam, para o seu melhor desempenho na matéria, também precisam se efetuar primeiramente em sua intimidade etéreo-astral, sob a vontade e a ética espiritual que, através de repercussão vibratória, depois se operam sobre o corpo material. Na contextura plástica e sutilíssima do perispírito cunham-se as marcas, os sinais ou estigmas duradouros produzidos pela mais sutil reflexão do espírito, até culminarem nos desmandos que podem levá-lo à sua separação da carne. Espelho divino e intermediário, que permite ao espírito atuar nos mundos planetários, para a consolidação de sua consciência individual, o perispírito é o verdadeiro revelador da "vontade" e do "desejo" da alma.
        Daí o fato de o suicida pregresso reproduzir na encarnação seguinte as tremendas conseqüências oriundas da sua autodestruição anterior, pois essa nova vida carnal só se plasma sob o comando e a influência integral do seu perispírito. E desde que este se apresente alterado em sua organização etéreo-astral, é óbvio que também não poderá modelar um corpo físico perfeito em sua fisiologia e estrutura anatômica. E como o suicídio e outros crimes abomináveis deformam o perispírito sob os impactos violentos das mentes rebeldes, as cidades do mundo material se povoam de criaturas torturadas, que desde o berço arrastam suas deformidades ou gemem sob as moléstias incuráveis que as tornam infelizes e martirizam o seu corpo cansado.


Ramatís - do livro A SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO.
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