Todas as modificações que o aperfeiçoam, para o seu melhor desempenho na matéria, também precisam se efetuar primeiramente em sua intimidade etéreo-astral, sob a vontade e a ética espiritual que, através de repercussão vibratória, depois se operam sobre o corpo material. Na contextura plástica e sutilíssima do perispírito cunham-se as marcas, os sinais ou estigmas duradouros produzidos pela mais sutil reflexão do espírito, até culminarem nos desmandos que podem levá-lo à sua separação da carne. Espelho divino e intermediário, que permite ao espírito atuar nos mundos planetários, para a consolidação de sua consciência individual, o perispírito é o verdadeiro revelador da "vontade" e do "desejo" da alma.
Daí o fato de o suicida pregresso reproduzir
na encarnação seguinte as tremendas conseqüências oriundas da sua
autodestruição anterior, pois essa nova vida carnal só se plasma sob o comando
e a influência integral do seu perispírito. E desde que este se apresente
alterado em sua organização etéreo-astral, é óbvio que também não poderá
modelar um corpo físico perfeito em sua fisiologia e estrutura anatômica. E
como o suicídio e outros crimes abomináveis deformam o perispírito sob os
impactos violentos das mentes rebeldes, as cidades do mundo material se povoam
de criaturas torturadas, que desde o berço arrastam suas deformidades ou gemem
sob as moléstias incuráveis que as tornam infelizes e martirizam o seu corpo
cansado.
Ramatís - do livro A SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO.
Ramatís - do livro A SOBREVIVÊNCIA DO ESPÍRITO.