A mistificação
mediúnica ainda é problema que
requer minucioso estudo e análise isentos de qualquer premeditação pessoal, porquanto nela
intervém inúmeros fatores desconhecidos aos próprios médiuns que são vítimas desse fenômeno. A Terra ainda é um planeta em
fase de ajuste geológico e de
consolidação física; a sua instabilidade material é profundamente correlata à própria instabilidade espiritual de sua humanidade. Em conseqüência,
ainda não podeis exigir o êxito absoluto no intercâmbio mediúnico entre os "vivos" e os
"mortos", pois que depende muitíssimo do melhor entendimento
evangélico que se puder manter nessas relações
espirituais. Só os médiuns absolutamente credenciados no serviço do Bem, e assim garantidos pela sua sintonia
à faixa vibratória espiritual de Jesus, é que realmente poderão superar qualquer tentativa de mistificação partida do
Além-Túmulo. Na verdade, os agentes das sombras não conseguem interferir entre aqueles que não se descuidam de sua conduta espiritual e se ligam às
tarefas de socorro e libertação dos seus irmãos encarnados.
A mistificação é
fruto de circunstâncias naturais criadas
pelo medianeiro, ou do descuido daqueles que ainda imaginam a sessão espírita como um espetáculo para
impressionar o público. O Espírito
mistificador sempre aproveita o estado de alma, a ingenuidade ou a vaidade do médium para então mistificar. No entanto, podemos vos assegurar que a
mistificação não acontece à revelia dos mentores do médium, embora eles não
possam ou não devam intervir, tudo fazendo para que os seus intérpretes
redobrem a vigilância e acuidade psíquica, a fim de se fortalecerem para o
futuro.
Na verdade, a maioria das mistificações deve-se mais ao amor próprio
exagerado, à preguiça mental, e também ao excesso de confiança dos médiuns no
intercâmbio tão complexo e manhoso com o plano invisível, em que se abandonam
displicentemente à prática de sua faculdade mediúnica.