O
encantamento ou enfeitiçamento de objetos ou seres sempre implicava na presença
de um mago, porque era um processo vinculado à velha magia. Mas em face de sua
proverbial subversão e incitado pelo instinto animal inferior, o homem logo
percebeu nessa acumulação de forças e dinamização do éter físico de objetos ou
seres vivos, um ótimo ensejo para tirar o melhor proveito a seu favor. Logo
surgiram os filtros mágicos e as beberagens misteriosas, para favorecer amores
e casamentos, enquanto se faziam amuletos com irradiações nocivas, com
finalidades vingativas. A palavra feitiço, que definia a arte de "encantar"
a serviço do bem, então passou a indicar um processo destrutivo ou de magia
negra!
Ramatís - do livro Magia de Redenção.