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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Quando desencarnamos!!!


PERGUNTA: - Quais as primeiras providências tomadas pelos espíritos assistentes das desencarnações, na tarefa de libertação dos moribundos?
     ATANAGILDO: - Já vos disse, alhures, que não se registra uma só reencarnação ou desencarnação, sequer, absolutamente idêntica a outras; comumente, os técnicos desenvolvem os seus trabalhos e coordenam o processo desencarnatório à medida que também se apresentam as reações e os acontecimentos inerentes à natureza "psicofísica" do desencarnante. Quando se trata de alma filiada a qualquer comunidade superior, ou que tenha se devotado ao serviço do amor ao próximo, as primeiras providências dos técnicos se circunscrevem à defesa em torno do seu leito de dor. Eles criam uma rede de fluidos magnéticos que dissolvem as vibrações mentais e os impactos emotivos causados pelos parentes em desespero, assim como também protegem o desencarnante contra qualquer intervenção indébita do astral inferior.
     Embora nem sempre se obtenha o completo êxito desejado, devido à vigorosa imantação de angústia da parentela encarnada, pelo menos esse círculo de magnetismo defensivo ainda neutraliza grande parte da carga nociva, que sempre perturba o trabalho desencarnatório. Mesmo quando não se trata de purgação cármica, há enfermos que agonizam horas e horas a fio, porque ficam retidos na carne pelos laços vigorosos do magnetismo afetivo dos seus familiares desesperados e que pretendem salvá-lo a qualquer preço, embora já o reconheçam incurável e moribundo.
     Visto que os encarnados muito se desorientam diante da morte do corpo, que promovendo desesperada gritaria, quer blasfemando contra Deus, é comum a presença de amigos desencarnados que se apresentam junto ao agonizante e formam ali um círculo de orações, que então o auxiliam para o melhor êxito no seu trespasse. Normalmente, são essas as primeiras providências que se tomam junto ao desencarnante, quando é digno de boa assistência, tais como a fluidificação sedativa do ambiente, a criação de uma rede de magnetismo protetor em torno do seu leito e o carinho espiritual através da prece proferida por espíritos amigos.

      PERGUNTA: - Supomos que, logo a seguir, se processa o desatamento dos laços da vida física; não é assim?
     ATANAGILDO: - A operação do desligamento final. depende muito da própria psicologia do desencarnante pois, embora ele mereça ser digno de assistência espiritual, por vezes é imaturo de razão ou psiquicamente inseguro de felicidade no limiar da morte física. Neste caso, os espíritos assistentes promovem o adormecimento do seu cérebro, para que ele se desligue da carne inconsciente do processo desencarnatório, permanecendo, assim, sob a ação de um incontrolável sono que o impede de interferir diretamente no processo com a sua força mental, dificultando a operação liberatória.
     Mas há também outros espíritos que, devido a sua emancipação e elevado grau de consciência desperta, durante a desencarnação, merecem outra espécie de operação preliminar para a libertação do corpo físico, a qual consiste em ativar-lhe a consciência espiritual e sugerir-lhes a oração afetiva, porque lhes é chegada a hora filial.

     Eis o motivo por que trabalhadores do Senhor e certas criaturas bem espiritualizadas desencarnam perfeitamente lúcidas e calmas, a ponto de convidarem os presentes à oração, chegando mesmo a determinar providências relativas ao seu trespasse. Os seus corpos são abandonados com invejável tranqüilidade espiritual, em lugar do desespero que se apossa daqueles que não vivem preparados para saber morrer! No processo desencarnatório dessas almas emancipadas e conscientes, quase sempre os técnicos fazem convergir todas as forças vitais e magnéticas para a região infracraniana, à altura do cerebelo, onde se acumulam, então, forças regeneradas que ativam o espírito e aguçam-lhe a percepção mental do fenômeno desencarnatório.

A Vida Além da Sepultura
Ramatís - Atanagildo.
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