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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O passe e a benzedura nos processos de cura.

– Nos processos de cura, como deveremos compreender o passe?

Emmanuel - Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas,com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais.

– Como deve ser recebidos e dados os passes?

Emmanuel - O passe poderá obedecer à fórmula que forneça maior porcentagem de confiança, não só a quem o dá, como a quem o recebe. Devemos esclarecer, todavia, que o passe é a transmissão de uma força psíquica e espiritual, dispensando qualquer contato físico na sua aplicação.

– A chamada “benzedura”, conhecida nos meios populares, será uma modalidade do passe?

Emmanuel - As chamadas “benzeduras”, tão comuns no ambiente popular, sempre que empregadas na caridade, são expressões humildes do passe regenerador, vulgarizado nas instituições espirituais de socorro e de assistência.
Jesus nos deu a primeira lição nesse sentido, impondo as mãos divinas sobre os enfermos e sofredores, no que foi seguido pelos apóstolos do Cristianismo primitivo.
“Toda boa dádiva e dom perfeito vêm do Alto” – dizia o apóstolo, na profundeza de suas explanações.
A prática do bem pode assumir as fórmulas mais diversas. Sua essência, porém, é sempre a mesma diante do Senhor.

– No tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um doente, terá o mesmo efeito em outro enfermo?

Emmanuel - A água pode ser fluidificada, de modo geral, em benefício de todos; todavia, pode sê-lo em caráter particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo.

– Existem condições especiais para que os Espíritos amigos possam fluidificar a água pura, como sejam as presenças de médiuns curadores, reuniões de vários elementos etc etc?

Emmanuel - A caridade não pode atender a situações especializadas. A presença de médiuns curadores, bem como as reuniões especiais, de modo algum podem constituir o preço do benefício aos doentes, porquanto os recursos dos guias espirituais, nessa esfera de ação, podem independer do concurso medianímico, considerando o problema dos méritos individuais.

– O fato de um guia espiritual receitar para determinado enfermo, é sinal infalível de que o doente terá de curar-se?

Emmanuel - O guia espiritual é também um irmão e um amigo, que nunca ferirá as vossas mais queridas esperanças.
Aconselhando o uso de uma substância medicamentosa, alvitrando essa ou aquela providência, ele cooperará para as melhoras de um enfermo e, se possível, para o pleno restabelecimento de sua saúde física, mas não poderá modificar a lei das provações ou os desígnios supremos dos planos superiores, na hipótese da desencarnação, porque, dentro da Lei, somente Deus, seu Criador, pode dispensar. 

Retirado do livro "O Consolador" - Pelo Espírito Emmanuel - Psicografia de Francisco Cândido Xavier - Ed. FEB
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