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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

"Pai, afastai de mim este cálice"


PERGUNTA: — Que nos dizeis quanto às palavras de Jesus, que Lucas e Mateus lhe atribuem na cena da recusa do cálice de amargura, no Horto das Oliveiras, assim expres­sas: "Pai, afastai de mim este cálice". Segundo alguns es­tudiosos dos evangelistas, isso se refere a um momento de vacilação do Amado Mestre?
RAMATÍS: — É óbvio que se isso ocorreu assim como narram os evangelistas, então só Jesus poderia ter expli­cado o acontecimento, uma vez que João, Tiago e Pedro, que se achavam ali perto, dormiam a sono solto e não poderiam ter ouvido tais palavras. Quanto aos demais apóstolos, acha­vam-se no celeiro da granja de Gethsemani, ao sopé da co­lina das Oliveiras.

       Em verdade, a recusa do cálice de amargura, que a tradição religiosa atribui a Jesus, trata-se apenas de um rito iniciático dos velhos ocultistas, com referência à vacilação ou ao temor de toda alma consciente, quando, no espaço, se prepara para envergar o fardo doloroso da vida carnal. O "cálice de amargura" representa o corpo com o sangue da vida humana; é a cruz de carne, que liberta o espírito de suas mazelas cármicas no calvário das existências planetá­rias, sob os cravos da maldade, do sarcasmo e do sofrimento. Só a pobreza da imaginação humana poderia ajustar as an­gústias de um anjo, como Jesus, à versatilidade das emoções do mundo da carne. O espírito que já tem consciência de "ser" ou "existir", também está credenciado para decidir e optar quanto à sua descida à carne, podendo aceitar ou re­cusar o "cálice da amargura", ou seja, o vaso de carne hu­mana. Quantas almas, depois de insistente preparo no mun­do espiritual para encarnar-se na Terra, acovardam-se à úl­tima hora e obrigam os técnicos siderais a tomar medidas urgentes, para não se perder o ensejo daquela encarnação?

Do livro SUBLIME PEREGRINO.
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