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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Se a mediunidade, em suas especificidades na Umbanda, é um processo natural, qual o motivo da percussão de atabaques, danças rituais e a entoação de cânticos?


"Mantém-se por tempo adequado essa união de forças dos dois planos vibratórios com a entoação dos pontos cantados, ativando-se o emocional e acalmando o mental consciente do médium, que é “ocupado” pela mente dos espíritos mentores."

PAI VELHO – Meu filho, contempla as rosas no jardim, como crescem. Quem de vós pode, com todos os cuidados, prolongar o ciclo de vida de uma flor sequer? Todavia, se não as regar, elas secarão, morrendo antes do tempo. Existe uma profunda afinidade entre a natureza, as coisas do espírito e a mediunidade. Os elementos de rito citados, quais sejam a percussão de atabaques, danças rituais e a entoação de cânticos, são regatos para o espírito do medianeiro, que o ajudam em sua floração espiritual. Podem ser considerados cuidados supérfluos pelos mais mentalistas, mas os seus ritmos e movimentos estão em harmonia com Deus. As danças rituais criam as condições ideais para essa catarse energética, havendo uma enorme interpenetração das vibrações dos Orixás rebaixadas pelos toques dos atabaques. 
            Nesses momentos o campo eletromagnético do perispírito do médium fica aumentado em sua freqüência vibratória, facilitando a sintonia com o padrão de ondas mentais dos guias do lado de cá. Mantém-se por tempo adequado essa união de forças dos dois planos vibratórios com a entoação dos pontos cantados, ativando-se o emocional e acalmando o mental consciente do médium, que é “ocupado” pela mente dos espíritos mentores. A utilização desses elementos de rito não altera a estrutura da mediunidade, assim como a roseira que não é regada continua a ser a mesma, embora com rosas murchas e despetaladas.

Do livro AOS PÉS DO PRETO VELHO - Ramatís e Pai Tomé.
Ed. do Conhecimento.
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