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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Os preceitos da magia africana tradicional são fundamentos de Umbanda.


RAMATÍS: - Os africanos, donde a doutrina de Umbanda trouxe o seu fundamento, cultuavam os "senhores da Natureza" na forma de Orixás menores e maiores, conforme o seu poder e a sua responsabilidade junto aos homens. Esse culto e entendimento recíproco eram feitos através da fenomenologia física, no limiar das forças da Natureza. Então havia cerimoniais, compromissos e deveres para com os chefes de linhas e falanges do mundo oculto, com os tradicionais presentes e ritos à beira dos rios, do mar, dos campos, das matas e nas encruzilhadas dos caminhos. Os antigos sacerdotes nagôs produziam curas fabulosas, modificavam o ambiente, faziam predições avançadas através do exame psicométrico da aura dos objetos e das ervas dinamizadas no seu energismo. Sabiam invocar os espíritos da Natureza... e previam tempestades, inundações, assaltos de animais ferozes, efetuavam acontecimentos miraculosos.
 
    Os umbandistas para manejarem adequadamente as forças ocultas do mundo etéreo, catalisam um arsenal que varia na sua nomenclatura e quantidade, conforme o próprio grau evolutivo dos adeptos dos vários terreiros, assim como a natureza do trabalho a ser feito e o tipo das linhas ou falanges no intercâmbio mediúnico. Mas, em geral, no culto aos elementos da Natureza, além de ritos e cerimônias de praxe, festividades de Ogun, Yemanjá ou Xangô, oferendas à beira dos rios, do mar, nos campos e nas matas, banhos de descarga com ervas odorantes e "limpa corpo", defumadores, pontos cantados e riscados, ainda se usa uma série de objetos e coisas que firmam os preceitos da magia africana tradicional

      Em conseqüência, não é desairoso nem censurável o fato de a Umbanda ser doutrina apegada aos fenômenos materiais, quando o seu principal metabolismo de vida é justamente baseado sobre as forças da Natureza! Sem o arsenal que lhe constitui o culto religioso não seria Umbanda, mas apenas Espiritismo, cuja atividade é feita mais propriamente no plano mental.


Excertos página 175 do livro A MISSÃO DO ESPIRITISMO, capítulo sobre a UMBANDA, 7º Edição – Ed. do Conhecimento.
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