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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Transe mediúnico sob a assistência dos espíritos benfeitores.

PERGUNTA: - Desde que o médium, em face da forte separação congênita do seu duplo etérico, seja propenso a enfermidades e mais vulnerável ao ataque dos espíritos inferiores, isso não é um sacrifício exagerado e algo incompatível com o senso de justiça do Alto?
            RAMATÍS: - Nenhum espírito encarna-se na Terra com a tarefa obrigatória de ser médium psicógrafo, mecânico, incorporativo ou de efeitos físicos, mas, na verdade, cada um o faz por sua livre e espontânea vontade, pois solicitou do Alto o ensejo abençoado para redimir-se espiritualmente num serviço de benefício ao próximo, uma vez que no pretérito também usou e abusou dos seus poderes intelectuais ou aptidões psíquicas em detrimento alheio. Mesmo na Terra, as tarefas mais perigosas devem ser aceitas de modo espontâneo, para que o seu responsável não venha a fugir posteriormente de cumpri-Ia por desistência pessoal. Sem dúvida, a escolha para o serviço perigoso sempre recai sobre o homem mais apto e capacitado para o bom êxito. A mediunidade de fenômenos físicos, portanto, é um serviço incomum, difícil e perigoso, cujos óbices vultosos e surpresas exigem o máximo de prudência, humildade, heroísmo e segurança moral.

            O médium, antes de encarnar-se, sabe disso; se, depois, ele comercia com os bens espirituais e fracassa no desempenho contraditório de sua função elevada, o Alto não deve ser culpado disso, só porque lhe proporcionou o ensejo redentor. A culpa, é evidente, cabe ao próprio fracassado ante a imprudência dele aceitar tarefas mediúnicas que estão além de sua capacidade normal de resistência espiritual. As oportunidades mediúnicas redentoras são concedidas aos espíritos faltosos, mas quanto à responsabilidade do êxito ou fracasso, somente a eles deve ser atribuída. Conforme já dissemos, o médium é quem produz as próprias condições gravosas ou favoráveis no desempenho de sua tarefa mediúnica.
            Quando faz uso indiscriminado de anestésicos, entorpecentes, fumo, álcool e carne, essas substâncias tóxicas expulsam com violência o duplo etérico do corpo físico; entrega-se desbragadamente às paixões violentas, aos vícios e prazeres condenáveis, então isola-se imprudentemente dos próprios guias responsáveis pela sua segurança mediúnica no mundo terreno. O certo é que Jesus, Buda, Francisco de Assis, Ramacrishna, Teresinha de Jesus, Antônio de Pádua, Vicente de Paula e outras almas de elevada estrutura espiritual foram médiuns poderosos e colocavam-se em contato freqüente com as entidades desencarnadas, durante sua existência heróica, sem risco de serem vítimas do poderio e fascinação das Trevas.
            Infelizmente, os médiuns de provas são criaturas que vivem a atual existência humana onerados por grandes responsabilidades ou débitos do passado; por isso, em face de qualquer descuido ou invigilância espiritual, eles se tornam vulneráveis às investi das perniciosas do mundo invisível, pois os de efeitos físicos, com raras exceções e por causa da expulsão do seu duplo etérico, entram em transe à semelhança de ataques de epilepsia ou dos viciados de entorpecentes. No entanto, os médiuns regrados, serviçais e magnânimos, alcançam o seu transe mediúnico sob a assistência dos espíritos técnicos benfeitores, que do "lado de cá" os protegem e os livram das interferências nocivas e conseqüências prejudiciais.

            Sob esse controle espiritual amigo, o médium afasta ou retoma o seu duplo etérico sem o desperdício inútil de energias, uma vez que fica amparado contra a investida do astral inferior. Assim, ele se protege de infiltração de microrganismos perigosos à sua contextura etéreo-física, de uma desvitalização que lhe abale a saúde física.

Do livro ELUCIDAÇÕES DO ALÉM.
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